Ministro Fux ressalta que a Justiça deve representar o que a sociedade realmente quer

O Ministro Luiz Fux e vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou em reunião na Corte, que as decisões da Justiça devem representar o que a sociedade realmente quer.

Isso não significa que todas as decisões devem ser tomadas via opinião pública, mas sim, aquelas que dizem respeito ao interesse da sociedade, como questões morais e públicas.

Ele afirmou que na Justiça, ainda é mais difícil fazer justiça, já que cada membro da Corte visa agradar os seus interesses e público alvo. Por outro lado, elogiou os colegas do Supremo que ainda se importam com as causas públicas do país.

Discurso de Fux sobre dissenso

O discurso de Fux foi realizado no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), em um evento que homenageou os 30 anos da Constituição Federal do Brasil.

Estavam presentes no evento também, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Cármen Lúcia.

A palavra dissenso, é mencionada em momentos críticos na Suprema Corte, onde a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dar uma entrevista da cadeia onde está encarcerado, provocou uma verdadeira tensão, de um lado Fux, e de outro Ricardo Lewandowski.

Lewandowski havia autorizado o petista a dar uma entrevista da penitenciária, mas Fux cassou a decisão do colega, baseado em sua autoridade em exercício, no lugar do ministro Dias Toffoli.

O vice-presidente da Suprema Corte, afirmou ainda que Deus deve estar acima de tudo, e fazer a nossa Constituição se aproximar do patamar das Nações evoluídas do mundo, do amor, da ética comum e da Justiça.

Resultado das Urnas

Fux, ressaltou ainda a importância de que os resultados das urnas eleitorais sejam respeitados, pois é um compromisso com a Constituição Federal, e principalmente com os brasileiros.

Mesmo que a entrevista com Luiz Inácio Lula da Silva tivesse sido realizada, a sua divulgação nos principais veículos de mídia, não seriam autorizados a irem ao ar.

Lula está preso desde abril deste ano, após a condenação em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, líder de um escândalo nacional e de impacto internacional.

Na iminência das eleições, o povo brasileiro deverá repensar duas vezes antes de eleger um candidato pelo PT, já que o histórico deles não é bom desde então.

Com a violência aumentada no país, no crescimento de casos de corrupção em todo o país, a meta do novo governo deverá ser a de mostrar que realmente existe esperança, uma reforma tributária, trabalhista e real para o povo brasileiro.

Em contrapartida, o eleitor brasileiro precisará fiscalizar e se interessar mais por política, principalmente em quem colocou no governo pelos próximos quatro anos, com a possibilidade ou não de uma reeleição.

A corrupção e outros problemas, dificilmente são combatidos sozinhos, somente com a exoneração dos cargos dos candidatos. O eleitor precisa verificar, se estão cumprindo com todas as promessas feitas nos dias de campanha, bem como a verdadeira realidade destas, em todo país.