Caio Nunez fala sobre “Ancorar” e projeto “Hangar” com a Warner Music

No mês passado, o cantor Caio Nunez lança o videoclipe de Ancorar no canal da Warner Music Brasil. Com uma pegada de nova MPB, a faixa trata com leveza um relacionamento no qual o cantor se entregou de peito aberto – e talvez tenha sofrido um pouquinho no caminho. Caio brinca com as palavras e faz uma daquelas músicas que parecem alegres, até se prestar atenção na letra. Potente, funciona tanto para momentos felizes quanto para outros um pouco mais reflexivos.

Composição autoral, o single é produção de Caio com dois dois parceiros de longa data – Gabriel Marinho e Pedro Guinu. Mescla referências dos cânones da música brasileira com influências mais recentes, trazendo sintetizadores que bebem da fonte do hip hop norte-americano. O videoclipe mostra com dinamismo as várias habilidades do artista, tanto como cantor quanto como guitarrista, lado que ele tem explorado ao longo dos últimos anos com bons retornos: participou do Rock in Rio 2019 acompanhando sua irmã, a cantora e atriz global Gabz.

Recentemente tivemos o lançamento do videoclipe de “Ancorar”, poderia nos contar um pouco mais sobre a produção do projeto?

“Ancorar” é o pontapé inicial dentro do projeto de parceria com a Warner Music Brasil chamado “Hangar”, que é um passo muito importante na minha história. O projeto foi produzido em conjunto com a empresa que gerencia minha carreira, a CRIVO, e conta também com os outros artistas do Selo.

Todo o processo de produção foi pensado por nós de uma forma que sintetizasse bem as características artísticas de cada artista, no meu caso, unir minhas referências natural de música brasileira com outros caminhos mais contemporâneos como o urban jazz e o neo soul, além de poder explorar mais algo que eu desejava a algum tempo, que é meu lado guitarrista. Acredito que essa música reforça bastante essa intenção.

Trazendo uma pegada de MPB, mesclando referências dos cânones da música brasileira com os mais recentes, qual foi sua inspiração e a história da nova música?

Fiz essa música pensando em um casal de amigos, refletindo sobre essa ideia de se ancorar em alguém, ver na outra essa metáfora de sentir em um porto seguro. Porém a letra me levou a outras formas de reflexão sobre isso, como por exemplo amor próprio também, de buscar essa estabilidade dentro de si antes de tudo.

De fato, tenho a MPB em geral como grande referência para o que faço, mas ultimamente tenho me conectado bastante com artistas de outras vertentes musicais, tanto do Brasil como de outros países.

A parte do arranjo trabalhamos em cima do que tenho ouvido mais recentemente como Anderson. Paak, Cassiano, Djavan e Masego.

Quais são suas expectativas para o envolvimento do público com o projeto?

São as melhores possíveis. Estou muito feliz com o feedback que tenho recebido.

É uma música que me orgulha muito e que foi feita com muita sensibilidade entre os envolvidos, espero poder alcançar o maior número de pessoas com ela.

Parceiros de longa data, como está sendo contar com a colaboração de Gabriel Marinho e Pedro Guinu?

Está sendo sensacional, ambos são extremamente talentosos e abertos a novas experiências, além de terem criado uma simbiose perfeita durante a produção.

Já trabalhei com o Pedro em dois singles meus (Afropunk e Lovesong) e sempre me sinto à vontade produzindo com ele.

O Gabriel Marinho é um produtor que eu ja admirava a muito tempo e tinha muita vontade de ter uma colaboração dele em uma música minha, a identificação rolou logo de cara e isso facilitou demais todo o processo. Estávamos ouvindo bastante urban jazz e neo soul na época e essa influência acabou sendo trazida para a música. Me sinto privilegiado em ter contado com eles em Ancorar.

Nos últimos tempos, você tem mostrado muito desempenho como guitarrista, participando inclusive do Rock in Rio 2019. Como foi essa experiência?

Foi a realização de um sonho que eu tinha desde criança, estar naquele palco e tocando para tanta gente junto com a Gabz. Ter essa experiência foi talvez uma das mais importantes para minha trajetória.

Ver o Seal passando o som no palco ao lado, minha família feliz assistindo e as pessoas cantando, com certeza foi inesquecível além de ter rendido bons frutos para o meu trabalho.