Ator, cantor, dublador e compositor, Duio Botta é conhecido por ter participado do programa Ídolos do SBT em 2006 e Jovens Talentos do Programa Raul Gil do mesmo canal. Seu último trabalho de maior destaque foi o personagem Raul na novela Êta Mundo Bom! da Rede Globo. Duio também fará o personagem Jardel na novela A Dona do Pedaço de Walcyr Carrasco em 2019.
Como foi o seu começo na dramaturgia?
Eu comecei na escola mesmo, com aulas do meu professor e amigo Flavio Dolberth, também tive experiências ótimas com o Alexandre Helfer. Como eu sempre cantei, e minhas interpretações musicais sempre foram muito dramáticas, isso ajudou muito na hora de trazer a toma o meu eu ator.
Você também já participou de programas de talentos cantando. Conte-nos um pouco de seu contato com a música.
Eu já tive experiências incríveis nos ídolos e nos jovens talentos do Raul Gil. Meu contato com a música aconteceu ainda quando criança, meu avô, Noel Botta, sempre foi um exímio violinista, meu pai também já teve uma fase como músico, tocando violão e eu tive uma infância muito cercada de música sertaneja, meu avô cantando e eu segui e sigo isso.
Como foi a sua experiência como Jardel em “A Dona do Pedaço”?
Uau, me faltam palavras para agradecer ao Walcyr Carrasco, Amora Mautner e a toda equipe e elenco que me abraçaram e fizeram do Jardel um personagem tão querido e lembrado dentro da trama. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
A morte do seu personagem gerou alguma surpresa em você durante a novela?
Sim, eu não esperava, sabia que perderia função em alguma hora mas morrer me derrubou, eu não estava preparado, não entendia que isso seria bom para minha carreira e para a trama. Ainda colho os frutos dessa grande surpresa.
Um dos personagens pelo qual você é lembrado é o Raul de “Êta Mundo Bom!”. Qual o significado que esse trabalho tem para você?
Fazer parte de uma rádio novela na década de 30, cercado por um elenco magestoso como Rosane Gofman, Claudio Tovar, Jessica Marina, Monica Rossi, Well Aguiar, Ricardo Schnetzer, Gutemberg Barros e Gustavo Nader, realmente foi incrível. Eu aprendi muito com essa trupe que fez uma comédia deliciosa e mais que agradeço ao Diego Morais, diretor do nosso núcleo que nos conduziu lindamente. Foi muito importante passar por essa rádio para estar mais preparado e defender o Jardel como ele merecia.
Você também já teve problemas relacionados a gordofobia, como se lembra dessa época?
Sim, foi uma fase horrível, eu me sentia rejeitado com o olhar das pessoas, com o julgamento, inclusive dentro do meio artístico. Eu lembro dessa fase como um degrau que eu já subi e é importante falar sobre isso, ainda mais nessa atual fase onde tudo está permitido e as pessoas se sentem seguras para ofender o próximo. A intolerância cresce a cada dia e devemos ficar de olhos abertos a todo momento.
Deixe uma mensagem.
Nossa, quero agradecer demais o carinho de todos. Eu recebo muitas mensagens de amor e tento retribuir ao máximo. Obrigado a vocês também pelo carinho e espaço. Eu dou muito valor a tudo isso. Sem vocês da imprensa e sem os fãs nós não somos nada. Desejo muito mais amor nesse 2020.