O coronavírus chegou ao Brasil em meio a dias quentes, o que torna a propagação do vírus um pouco mais difícil. Mas conforme o verão vai chegando ao fim, o contágio pode se agravar cada vez mais.
Ainda não sabemos como as mudanças de temperatura agem em relação ao novo COVID-19, mas especialistas afirmam que em outros casos, como a pandemia de gripe suína por H1N1 em 2009, quando vivemos dias semelhantes, as temperaturas mais amenas foram responsáveis por ampliar ainda mais o contágio.
O Brasil hoje, apesar de sua extensão ser bem maior que praticamente todos os países da América Latina, já é o país com mais casos da região. Até esta sexta-feira já são mais de 650 casos confirmados.
Nesta quinta-feira (19/03) tivemos o último dia do verão. O pico de Covid-19 no país deve ocorrer entre abril e maio, ainda outono, mas o problema pode se arrastar até o início do inverno e suas consequências não podem ser calculadas.
Venda de passagens aéreas Decolar estão suspensas.
Área de população mais idosa
Uma das principais preocupações das autoridades é com relação à região sul do Brasil. Por lá além do frio ser maior, uma grande parcela da população é idosa.
Segundo o censo de 2010, o Rio Grande do Sul, por exemplo, tem 20% de sua população acima dos 60 anos.
Santa Catarina e Paraná também contam com uma porcentagem considerável.
Inverno
As temperaturas no Brasil, pelo menos na maior parte das regiões, começam a cair a partir de abril. É neste período que as gripes aumentam e isso pode ser crucial no desenvolvimento do coronavírus.
Outras nações do hemisfério sul também estão preocupados com a chegada do inverno. A Austrália que vive em situação semelhante ao Brasil no número de casos, também está preocupada com as temperaturas mais frias.
Chile e Argentina, que possuem regiões ainda mais frias, podem ter um surto ainda maior.
Especialistas dizem que não é possível saber ainda se o coronavírus sofre mudanças com a alteração de temperatura. Mas todos acreditam que como se trata de uma doença respiratória, assim como em gripes e resfriados, o frio acaba provocando uma irritação das vias respiratórias.
Isso deixa as pessoas mais vulneráveis à infecções.
