Nesta última quarta-feira (26 de setembro), quatro pessoas foram presas por suspeita de fraude na Previdência, em Itaberaba (BA). Os suspeitos foram presos em flagrante.
Documentos falsos eram apresentados, a fim de tentarem obter os benefícios do INSS. O grupo falsificava os laudos médicos das perícias, para conseguirem receber os auxílios-doença. O prejuízo somado, chega a 70 mil reais.
A médica que assinava os laudos médicos, já prestou depoimento na delegacia da Polícia Federal de Salvador, onde afirmou que não era a primeira vez que o seu nome e a sua assinatura haviam sido usados de forma indevida, a fim de promover a fraude.
Integrantes da Força-Tarefa da Previdência
A Força-Tarefa Previdenciária integra: a Secretaria de Previdência, a Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, a fim de combaterem os crimes contra o INSS.
A Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP), é uma área responsável por analisar, identificar as possíveis fraudes existentes contra a Previdência.
Operação Benefício Virtual
A Operação Benefício Virtual foi deflagrada em julho deste ano, em Salvador (BA), a fim de identificar e desmascarar uma organização criminosa que fraudava benefícios como auxílio-doença, aposentadorias, amparo ao idoso e pensões.
A suspeita, é que funcionários do próprio INSS tenham tido participação na fraude. Mandados de busca e apreensão foram expedidos, destinados às residências de três suspeitos, e na própria agência da Previdência Social.
Essa investigação teve início no ano de 2017, a partir de cruzamentos de informações realizados pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (COINP). Na época, já tinham sido identificados benefícios pagos à números de CPF suspensos e acumulações inapropriadas.
Á medida que a investigação avançava, mais evidente ficava a existência do esquema criminoso, que se baseava na obtenção de benefícios que não existiam, inclusive de pessoas falecidas, e que não tinham nenhum vínculo com o INSS.
Para mascarar as fraudes aplicadas, os representantes legais dos beneficiários eram entidades filantrópicas, inclusive familiares. Assim, eles estavam autorizados a sacarem qualquer quantia dos benefícios, sem realmente precisarem dele.
Essas entidades filantrópicas, por sua vez, não sabiam da existência dessas fraudes, e estavam sendo usadas como laranjas do esquema criminosos. Dentre 17 benefícios investigados, o prejuízo identificado já beira os 2,2 milhões de reais.
Com a apreensão do dinheiro desviado, a Previdência estima receber de volta cerca de 250 mil reais. A Operação teve a participação de oito policiais e quatro servidores da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.
Na cidade de São Luís (MA), a Força-Tarefa da Previdência identificou e deflagrou a Operação Viduitatis, com catorze mandados de busca e apreensão, revelando o esquema de fraudes em benefícios de pensão por morte.
Os criminosos criavam perfis de pessoas que não existiam, para receberem um benefício do INSS. Os titulares das pensões, cerca de 13 pessoas, eram parentes entre si, pertencendo ao mesmo grupo familiar. O prejuízo, foi de 4,5 milhões de reais.
Os acusados foram indiciados por crimes de estelionato e associação criminosa, e nove anos e oito meses de prisão.