Gabriel Elias fala sobre “Fruta Doce” e importância da música nordestina no Brasil

Embalado pelo clima de São João, o cantor Gabriel Elias, sempre com good vibes disponibilizou, o novo single “Fruta Doce”, que mistura um autêntico forró nordestino com o reggae que marcou sua carreira até aqui.

Produzido pelo próprio cantor durante a quarentena em sua casa, “Fruta Doce” chega aos apps como uma homenagem à música nordestina e faz despertar a vontade mais íntima de querer dançar agarradinho com quem se gosta.

Recentemente, você disponibilizou o single “Fruta Doce”, seguindo o estilo de forró com reggae. Como chegou ao resultado desse projeto?

O estilo do xote com a pitada do reggae. Eu acho que o reggae, a gente já leva muito no nosso som, que a gente é mais um pop com o pé na areia, que vem várias vezes com reggae do que reggueiro em si. Essa música é um xote, foi feita para ser um mesmo, eu acho a proximidade do xote com reggae muito perto. Acho que são tribos bem próximas, e eu sempre amei os dois. Como essa música foi concebida como um xote, a gente já teve alguns que gravamos em versões reggae, mas esse eu quis que fosse um xote mesmo. Para ser um bom xote na minha humilde opinião, ele tem que ser simples e singelo, então, foi essa visão, tentamos respeitar ao máximo o xote nessa versão. 

O lançamento traz uma homenagem à música nordestina. Como é o seu contato com esse estilo musical e de onde veio a ideia de homenageá-la?

Eu amo a cultura nordestina, é um lugar em que sou apaixonado pelas pessoas, por como eles valorizam a cultura, como eles vestem as suas bandeiras… É isso, eu acho que o xote tem uma parada muito Brasil e ao mesmo tempo muito singelo. Sempre fui muito apaixonado e sempre ouvi muito, fico encantado pela dança também, pelo 360 da parada. Sempre gostei muito e achei muito bonito tudo, e acho que todo Gabriel tem um pouquinho disso, e eu quis colocar isso, dessa vez mais do que nunca.

Nesse disco, você acaba abordando em suas músicas, temas que são diferentes do meio pop. Qual a importância que você dá em transmitir essas mensagens para o público?

Eu acho que é muito grande. É importante que essas coisas sejam faladas. Às vezes são coisas óbvias que precisam ser lembradas pelas pessoas, tipo manter seu equilíbrio, meditar e respirar fundo. É preciso ser repetido a importância dessas pequenas coisas, que às vezes na correria do dia-a-dia a gente acaba passando nessa loucura. Então, acho que é tão importante a gente ter mensagens boas, coisas que possam acrescentar realmente no dia de alguém. Às vezes você está em um baita trânsito em um dia cansativo, cansado de trabalhar, e escutando música, podendo meditar e respirar fundo, mantendo a calma. De repente, da pessoa ouvir isso ali, ela fala que aquilo pode servir como um alento, seja diretamente, ou até sem perceber mesmo. Então, esses sons têm essa missão que é servir como um alento, levar algo realmente para a vida das pessoas. Eu acho que a arte, ela tem que saber transitar nos sentimentos e deixar algo. 

Programado para lançar em novembro, o single é o segundo do álbum “Música Pra Curar Brasileira”. Como está o andamento desse álbum e quais são suas expectativas para o lançamento?

O álbum já está 95% pronto, agora são os detalhes finais. Ele está lindo cara, estou mais feliz do que nunca, está tudo no lugar como a gente imaginou, até mais. Um carinho muito especial, muito legal ver as coisas tomando forma, o que tu fez com tanto carinho e que levou um tempo. Por ter sido feito em casa, não foi um trabalho com cronômetro ligado, foram vários dias 24 horas vivendo aquilo. Até hoje, ainda estou ness, é uma parada muito muito legal, sensível, muito delicado e ao mesmo tempo trazendo toda a essência à tona.

Estou muito feliz, e as minhas expectativas são as melhores possíveis. A expectativa é sempre ficar feliz com trabalho, fazer algo melhor do que o último, é difícil falar isso sobre qualidade, mas eu acho que é fazer algo novo acho, mas com a essência de sempre com o amadurecimento que você vai tendo com a vida.

Então, acho que esse trabalho talvez seja o mais coeso dentro de todas essas qualidades que eu acho que um trabalho tem que ter, em evoluções também. É o meu favorito até hoje, e estou super feliz.