Governo aprova diversas medidas para incentivar o plantio de milho na safra 2021/2022.
A decisão foi tomada na semana passada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O fomento federal para aumentar a produção de grãos é o momento mais propício para o produtor fazer investimentos no campo. Os produtores devem analisar as ofertas do mercado e investir na infraestrutura rural.
O crescimento da produção implica a construção de galpões e pesquisas de silos à venda para armazenar a produção. Além disso, a oferta de crédito mexe com toda a dinâmica de produção. Os subsídios governamentais passam diretamente pela melhoria nos mecanismos de apoio à comercialização e no suporte aos agricultores para aumentar a produção de milho e sorgo na próxima safra.
Encaminhadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), essas propostas podem promover o desenvolvimento no ambiente de produção e facilitar a contratação de mão de obra qualificada e a aquisição de maquinários.
“As medidas são uma resposta à forte demanda mundial por alimentos e à desvalorização do Real. Esses fatores seguem dando impulso às exportações de grãos. Desta forma, reduziu a disponibilidade local de produtos básicos e insumos para ração animal”, salienta o diretor de Crédito e Informação, da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Wilson Vaz de Araújo.
A partir de 1º de julho, o limite de financiamento de custeio passa de R$3 milhões para R$4 milhões por produtor. Esse aumento na oferta de crédito visa o crescimento na produção de milho e de sorgo, de acordo com a decisão do CMN. E os médios produtores rurais passam a ter acesso ao custeio para plantio dos dois cereais no limite de R$1,75 milhão. Antes o teto era de R$1,5 milhão.
Outra medida permite o Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP) para a aquisição de milho e de sorgo, limitado a R$65 milhões por beneficiário. Assim o preço de referência fica sendo o de mercado em vez do preço mínimo. Essa medida vale, excepcionalmente, no âmbito da fonte de recursos obrigatórios. A instituição financeira fica obrigada a direcionar recursos de 27,5% da sua movimentação para aplicar em operações de crédito rural.
Segundo estimativas da Conab, a produção total de milho do Brasil deve ficar em torno de 109 milhões de toneladas, enquanto a de sorgo deve alcançar 2,6 milhões de toneladas.