(TE) Sociedade – Um ataque a tiros à escola estadual Professor Raul Brasil, na cidade de Suzano, na Grande São Paulo, no período da manhã desta quarta-feira (13), conta com um saldo de pelo menos dez mortos e outras nove pessoas feridas.
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O massacre de Suzano está estampado em inúmeros portais e veículos de mídia, seja na TV, jornais impressos ou na Internet. As redes sociais estão fervilhando de comentários, críticas e condolências pela terrível tragédia que assolou a cidade paulista.
A escola que foi o local do crime
A chacina ocorreu em uma escola chamada Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, em torno das 9h30 desta quarta-feira (13).
De acordo com o Censo Escolar de 2017, a instituição apresenta 358 alunos da segunda etapa do fundamental (6º ao 9º ano) e 693 estudantes do ensino médio.
Ela ocupa todo um quarteirão, situada na região central da cidade. Na instituição, também funciona um centro de línguas estrangeiras.
As vítimas do massacre de Suzano
As vítimas do massacre ocorrido na escola em Suzano foram:
Os estudantes:
- Pablo Henrique Rodrigues;
- Cleiton Antônio Ribeiro;
- Samuel Melquíades Silva de Oliveira;
- Douglas Murilo Celestino;
- e Caio Oliveira.
As funcionárias que faleceram:
- Eliana Regina de Oliveira Xavier;
- e Marilena Ferreira Vieira Umezo (que seria coordenadora pedagógica).
Os atiradores responsáveis pelo crime em Suzano
Os responsáveis pelo crime eram Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Eles eram antigos alunos da escola.
A motivação do ataque
O coronel Fábio Pelegrini, da Comunicação Social da PM, afirmou que a polícia ainda não divulgou se os autores do massacre possuem registro de crimes anteriores.
A polícia não tem informações a respeito das motivações do crime.
“Provavelmente um ato que foi premeditado. Eles entraram na escola equipados, com máscara. A gente não tem ainda essa motivação, não tem a correlação do motivo e do ato feito”, afirmou o coronel Pelegrini.
Autoridades que visitaram o local
O governador de São Paulo, João Doria, cancelou toda a sua agenda do dia e chegou à escola em um helicóptero, na companhia do secretário Estadual de Educação, Rossieli Soares da Silva, do secretário de Segurança, general João Camilo Pires de Campos, e do comandante da PM, o coronel Salles.
O atual Ministro da Educação, Ricardo Velez Rodrigues disse em sua conta oficial no Twitter que estaria se dirigindo hoje mesmo até à escola em Suzano.
O atendimento às vítimas
Os hospitais da região estão recebendo, além das vítimas do ataque, familiares que acabaram se sentindo mal.
A Prefeitura de Suzano emitiu uma nota informando que o Pronto Socorro Municipal já recebeu crianças com ferimentos leves e os feridos com maior gravidade estão sendo encaminhados para o Hospital Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, e ao Hospital Santa Marcelina, em Itaquaquecetuba.
A gestão municipal falou ainda que está fornecendo suporte com equipes de emergência, como a Defesa Civil, o Samu e a Guarda Civil Municipal.
A médica Debora Nogueira, que é diretora técnica e coordenadora do pronto-socorro do Hospital Santa Maria, em Suzano, contou que uma das vítimas possuía uma arma branca parecida com um machadinho transfixada em seu peito.
“O paciente veio caminhando, gritando por socorro, a gente saiu, prestou atendimento e levamos para a sala de cirurgia. Foi o primeiro paciente cirúrgico que tivemos”, contou ao Estadão Conteúdo.
Segundo informações da médica, os sete pacientes socorridos ao Santa Maria receberam avaliação cirúrgica, e quatro deles foram transferidos para o Pronto-Socorro municipal. Um desses pacientes, inclusive, foi posteriormente encaminhado ao HC pelo helicóptero Águia.
O Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas empreenderá uma força-tarefa para atender as vítimas e os familiares do ataque. O grupo de suporte será composto por médicos e psicólogos.